A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Santas Casas, Entidades Filantrópicas e Religiosas e Estabelecimentos de Saúde do Estado do Amazonas (Sindpriv-AM), Graciete Mouzinho, disse nesta terça-feira (11/01) que os profissionais de enfermagem lotados nas unidades de saúde da rede estadual estão sendo obrigados a trabalhar infectados com o vírus SarsCov2 (Covid-19).
Graciete Mouzinho ressaltou que muitos profissionais da saúde estão expostos em meio à nova variante Ômicron. “Os nossos profissionais estão positivando nesta nova cepa, da Ômicron, de Covid-19. Eles se contaminando novamente, e eles não estão mandando ir para casa, para tirar a quarentena, e estão obrigando a trabalharem doente. Eles (direção das unidades) estão obrigando-os a trabalharem contaminados com covid, espalhando isto para os demais colegas. É um absurdo. Isso me deixa extremamente arrasada, triste, com essa situação. Isso está acontecendo em todos os hospitais, não é só no 28 de Agosto, mas no SPA São Raimundo, Danilo Correa, no hospital Platão Araújo, João Lúcio. As meninas estão pedindo socorro”, comentou a sindicalista.
EPI
Graciete Mouzinho disse também que vai formular a denúncia junto ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e denunciar também que os profissionais que atuam nas unidades estaduais de saúde estão sem equipamento de proteção individual adequado. “Não tem (máscara) N95 nos hospitais. Precisamos denunciar esses acontecimentos e ajudar esses profissionais antes que a gente perca mais profissional. O que pode acontecer? Eles podem morrer”, frisou.
Mortes
Dados do Conselho Federal da Enfermagem (Cofen) indicam que dos 82 profissionais de enfermagem que morreram no Amazonas por Covid-19 no primeiro ano de pandemia, em 2020, até abril de 2021, destes, 68,75% são profissionais do sexo feminino e 31,25% são do sexo masculino.
O Amazonas Hoje aguarda posicionamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
As informações são do site 18 Horas.