O mercado imobiliário brasileiro apresenta sinais de recuperação e crescimento em 2024. Após o impacto da pandemia de Covid-19, o setor volta a se aquecer, impulsionado por um aumento nas vendas de imóveis novos, segundo o balanço do primeiro semestre deste ano. Com o setor em expansão, especialistas apontam que os preços tendem a subir devido à baixa oferta de novas unidades, principalmente onde o estoque de imóveis disponíveis permanece limitado.
Para Luís Felipe Cavalcante, docente da Estácio e especialista em Marketing, esse cenário afeta diretamente o comportamento dos preços de compra e aluguel. Ainda segundo o especialista, tecnologias de Inteligência Artificial já estão sendo usadas para calcular valores de mercado mais precisos. “Esse avanço tecnológico se torna uma ferramenta essencial em um momento em que o mercado está aquecido e com pouca oferta disponível, beneficiando tanto compradores quanto vendedores ao proporcionar uma precificação mais justa e informada”, comenta.
Para quem está em busca de uma casa ou apartamento, a recomendação de Cavalcante é agir com cautela, mas sem prolongar demais as negociações. O mercado atual não favorece longas barganhas, e o risco de perder a oportunidade pode ser grande. “Não é um momento favorável para longas negociações. É necessário saber até onde você pode chegar e estar bem informado sobre os preços da região em que pretende comprar ou alugar”, alerta um especialista. Ele recomenda que compradores e inquilinos também verifiquem as condições de financiamento, pois a Caixa Econômica Federal (CEF) recentemente ajustou os limites de crédito, o que pode influenciar na tomada de decisão.
O professor universitário reforça ainda que, para uma negociação mais vantajosa, o processo deverá ser conduzido de forma racional e embasada em informações sólidas. Antes de fazer uma oferta, é essencial avaliar se o imóvel desejado cabe no orçamento e comparar os preços de imóveis semelhantes na mesma localização. Além disso, é importante ter em mente que o mercado imobiliário atual exige objetividade: buscar descontos excessivos pode afastar o vendedor ou locador, resultando na perda da oportunidade de fechar o negócio. “Com o mercado em recuperação e a demanda em alta, o comprador ou inquilino precisa equilibrar cautela e agilidade, aproveitando as novas ferramentas de precificação e analisando bem suas condições financeiras para garantir uma decisão de compra ou aluguel que seja sustentável a longo prazo”, conclui.
Com informações da assessoria