Dois anos depois que o jornalista britânico Dom Phillips foi assassinado em uma região remota da Amazônia, uma ONG foi criada em sua memória para promover a proteção da floresta tropical que ele amava e de seu povo, disse a viúva do jornalista. As informações são do Terra.
Phillips, de 57 anos, estava trabalhando em um livro sobre como salvar a Amazônia quando ele e seu parceiro de viagem, o brasileiro Bruno Pereira, foram mortos a tiros por pescadores ilegais perto do Vale do Javari, lar de tribos isoladas na fronteira com o Peru.
“Se as pessoas pudessem ver a beleza e o potencial da Amazônia e a sabedoria de seus povos indígenas, elas naturalmente iriam querer proteger o bioma amazônico”, dizia ele após suas viagens à floresta, de acordo com sua viúva Alessandra Sampaio.
“O Instituto Dom Phillips será uma plataforma para transmitir as vozes do povo amazônico ao redor do mundo, para dar-lhes visibilidade e também segurança”, afirmou ela no domingo.
Phillips, que escrevia para o jornal britânico The Guardian e também para o Washington Post, estava viajando com Bruno Pereira, especialista em grupos indígenas isolados que estava trabalhando para expor crimes ambientais no Vale do Javari.
Em 5 de junho de 2022, eles foram mortos a tiros em um rio quando deixavam a área. Seus corpos desmembrados foram localizados na floresta depois que um pescador confessou seu envolvimento à polícia.