As festas de Natal e Ano Novo são, tradicionalmente, as ocasiões perfeitas para se reunir com pessoas queridas, famílias e amigos. Ou não. Para muita gente, esta também é uma época de se recolher e avaliar o ano que passou, traçar novas metas profissionais e de vida, e ainda aproveitar o tempo para ler um bom livro, maratonar uma série ou simplesmente descansar e colocar o sono em dia.
Para a psicóloga, coordenadora do curso e do Serviço de Psicologia Aplicada da Universidade Nilton Lins, Jaida Souza, não há nada de errado nesta opção desde que seja uma escolha pessoal do indivíduo e não uma determinação de outras pessoas ou fatores externos.
“Também é saudável estar sozinho e poder escolher onde, quando e com quem queremos estar, incluindo a nossa própria companhia se esta for a sua vontade. Estar sozinho neste caso, não significa estar em sofrimento emocional, mas optar por fazer aquilo que você gosta ou prefere em um determinado momento”, explicou.
Terapia
De acordo com a especialista, este tipo de comportamento tem se tornado cada vez mais frequente, mas o que é “normal” para algumas pessoas, para outras pode ser um sinal de alerta.
A psicóloga explica que há muitas razões para que o indivíduo evite participar das celebrações e que uma das mais frequentes nos consultórios é a carga emocional e o sentimento de cobrança que a sociedade faz sobre o indivíduo quanto a determinados comportamentos e índices de produtividade, o que pode gerar sentimentos de frustração, incapacidade e incompetência.
“Final de ano é o fim de um ciclo e período de transição no qual muitas pessoas olham para trás e não se sentem ‘merecedoras de festejar’ porque pensam que não cumpriram as metas e objetivos traçados em janeiro. Isso os impede de perceber o que fizeram e as vitórias alcançadas, mesmo que não tenham sido as ideais”, alertou Jaida Souza, ao destacar a necessidade de buscar apoio profissional nestes casos.
De qualquer forma, a especialista aconselha para quem vai passar o final do ano longe das festas e das grandes aglomerações que procure fazer atividades nas quais sintam prazer e o desejo de estar naquele local, naquele momento.
“A sociedade e os comerciais na TV, por exemplo, vendem uma imagem padrão e como nos comportar em um modelo para sermos aceitos e considerados felizes. Mas não existe fórmula e desde que seja a vontade pessoal, procure fazer o que te faz bem, de modo saudável e consciente, sozinho ou acompanhado”.
Com informações da assessoria