A família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, que morreu nesta terça-feira, em Manaus, é investigada por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Ao GLOBO, o advogado de Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, Vilson Benayon, relatou que a prisão preventiva dos dois, cumprida na quinta-feira (30), os “salvou da morte”.
A audiência de custódia, realizada nesta sexta-feira, comprovou a legalidade da prisão preventiva de Cleusimar e Ademar. De acordo com seu advogado, Vilson Benayon, a mãe e o irmão da ex-sinhazinha não foram ouvidos, já que não estavam em condições de dar depoimento no momento da prisão, muito alterados pelo uso de drogas. Segundo ele, grande parte do faturamento dos salões Belle Femme era direcionado para alimentar o vício.
“Pedimos o toxicológico e a internação compulsória dos dois em uma clínica de reabilitação. Eles foram atendidos na enfermaria do complexo prisional em crise de abstinência. Ontem estavam de um jeito, hoje estão de outro. O que eles têm é uma patologia, a prisão os salvou da morte”, disse o advogado, ao GLOBO.
Djidja Cardoso era investigada pela Polícia Civil do Amazonas por fazer parte dessa seita com a família. Após a prisão, a mãe e o irmão disseram à defesa que chegaram ao estágio atual de vício em menos de um ano de uso. Eles obrigavam funcionários de uma rede de salões de beleza a consumirem ketamina, um tipo de droga com efeitos alucinógenos.
Os mandados de prisão também foram expedidos contra três funcionários da rede de salões Belle Femme, comandada pela família. Segundo o delegado, ao longo das operações nas unidades da rede, foram encontrados centenas de seringas, algumas prontas para serem usadas, além de doses da droga. Ademar Cardoso também foi alvo de um mandado pelo crime de estupro.