A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê. Para enfatizar as ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento, foi criado o Agosto Dourado, instituído pela lei estadual nº 14.726/15 e lei federal nº 13.435/17. O nome é uma alusão ao leite materno, que é considerado “alimento padrão ouro” para os bebês.
Para a nutricionista e docente da Estácio, Mariana Dantas, o leite materno possui composição exclusiva e é o alimento ideal para o bebê, em quantidade e proporção dos nutrientes. “O leite materno possui proteínas, carboidratos e lipídeos em quantidades adequadas ao crescimento da criança, além de vitaminas, minerais e outros compostos de proteção, que enriquecem o sistema imunológico do neném. Inclusive, se o bebê está doente, o leite modifica sua composição, aumentando ainda mais os fatores protetores, de acordo com a necessidade dessa criança”, explica.
A nutricionista esclarece que a amamentação também traz benefícios para a mãe: “As vantagens da amamentação estendem-se também para a mulher, que tem redução no risco de câncer de mama e ovários, redução do sangramento no pós-parto, além de propiciar um retorno do seu organismo às condições pré-gravídicas mais rapidamente”, pontua Mariana.
Mariana também alerta sobre a importância do acompanhamento nutricional da mãe durante a gestação e no pós-parto. “A lactação, que é a produção do leite, se inicia ainda durante a gravidez e continua após o nascimento do bebê. Assim, a mãe precisa seguir o pré-natal corretamente e continuar seu acompanhamento no pós-parto. Afinal, é no pós-parto que uma mulher tem a maior necessidade de energia e de nutrientes da sua vida, pois existe a demanda para produção do leite, além da composição do próprio leite. Desse modo, a alimentação precisa receber atenção ainda maior”, avalia.
Como recomendações gerais, a mãe deve seguir uma dieta com quantidades adequadas de carboidratos, proteínas e lipídeos, além da atenção às vitaminas e aos minerais, sem esquecer do consumo de água, que deve ser de cerca de quatro litros por dia. Deve-se também encorajar o consumo de peixes fontes de ômega 3, como o atum e a sardinha; evitar dietas restritivas em calorias; comer frutas e verduras variadas; consumir leite e derivados, observando se há alguma intolerância; evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, ou seja, congelados ou prontos para consumo; e evitar cafeína e, claro, o álcool.
Com informações da assessoria