Levar a cultura amazonense para um outro patamar demanda o talento de artistas da terra e o apoio do Governo do Estado. Recentemente, a cunhã-poranga do Boi Garantido, Isabelle Nogueira, que está participando de um reality show nacional, se destacou ao falar do Festival de Parintins, que é apoiado pelo estado. Com o Amazonas em evidência, conheça outros artistas que merecem sua atenção.
Adanilo – Ator
Nascido e criado no bairro Compensa, na zona oeste de Manaus, Adanilo teve seu primeiro contato com as artes cênicas em 2011, quando integrou a equipe de um teatro experimental da capital. Depois, fez parte de curtas-metragens como ‘A Menina do Guarda-Chuva’, ‘Aquela Estrada’ e o ‘Tempo Passa’. A ascensão começou em ‘Marighella’, filme dirigido por Wagner Moura.
Foi em 2023, com o lançamento do filme ‘Eureka’ no Festival de Cannes, na França, que a virada de chave aconteceu de vez na carreira do ator. No longa, ele foi dirigido pelo argentino Lisandro Alonso. No tapete vermelho, a presença de lideranças e artistas indígenas foi celebrada.
Como ator, Adanilo destaca o apoio do Governo do Amazonas na transmissão do primeiro capítulo da nova novela Renascer, das 21h, da qual ele faz parte do elenco.
“A transmissão foi no bairro Compensa, onde eu nasci e cresci. Foi tudo incrível. Acho que o maior presente para um artista é poder voltar para o seu lugar de origem e compartilhar da sua arte com pessoas que viram você crescer. Agradeço demais o apoio do Governo do Estado que fez isso acontecer. Apoiar artistas amazonenses rende frutos”, destacou Adanilo.
Taciano Soares – Professor da UEA, ator e diretor do Ateliê 23
À frente de um dos espetáculos mais comentados do meio artístico, intitulado de Cabaré Chinelo, Taciano Soares também assume um papel importante por trás das cortinas: o de professor de Teatro da Esat/UEA. Empolgado, ele explica a importância do Estado fomentar novos talentos por meio da capacitação dos profissionais no mercado.
“O apoio do estado é fundamental. Vejo isso, por exemplo, no curso de Teatro da UEA, onde sou professor hoje. O espetáculo (Cabaré Chinelo) surgiu de um projeto de extensão da universidade e conta com alunos da minha matéria. O governo como apoiador mostra que o caminho profissional de um artista é longo, mas ele passa sobretudo pela formação de qualidade”, destacou o professor, Taciano Soares.
O “Cabaré Chinelo” tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), além da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericana – Iberescena.
Cleia Santos – Bailarina
Em 2024, o Carnaval do Rio de Janeiro vai ser abrilhantado com a apresentação de uma amazonense na Marquês de Sapucaí. Aos 26 anos, a bailarina Cleia Santos, integrante do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), fará parte da comissão de frente da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, que levará o enredo “Hutukara”, exaltando o povo indígena Yanomami.
Mas para chegar nesse nível de reconhecimento, a bailarina enfrentou muitos obstáculos. Aos 5 anos, Cleia decidiu seguir o caminho da dança, assistindo as apresentações de Daiane dos Santos. Com o tempo, foi sendo direcionada ao balé, onde se destacou e, aos 15 anos, entrou para o Corpo de Dança do Amazonas (CDA).
O apoio do Governo do Amazonas foi fundamental no processo de ensaios e apresentações da bailarina. “Acho muito importante a gente ter esse apoio do Governo. Enquanto bailarina do Corpo de Dança do Amazonas, a ajuda é muito gratificante. Essa é a primeira vez que vejo tantos artistas amazonenses se destacando juntos, representando nossa regionalidade e ancestralidade”, falou a bailarina, Cleia Santos.
FOTOS: Antônio Lima e Arthur Castro/Secom