Lançada há pouco mais de duas semanas, Muleka, o primeiro single autoral da cantora Duca Vieira, vem ganhando o gosto do público. A música alcançou duas mil visualizações nas plataformas digitais e ganhou um vídeo especial no canal do youtube da cantora – https://www.youtube.com/channel/UCjIFtxzGYrdZROtHuQh5yfA .
Muleka aborda as expectativas e rótulos impostos sobre corpos trans e travestis, ressignificando essa narrativa em um lugar de potência e rebeldia. A canção é a primeira de cinco faixas do EP Rueira, que estará disponível completo nas plataformas digitais em breve.
Duca ressalta que a receptividade do público tem sido muito positiva. “A música tem sido tocada em diversos eventos, DJs estão compartilhando o single em festas voltadas para o público LGBTQ+. Nas redes sociais Muleka também tem ganhado destaque, com uma grande repercussão e até uma versão de guitarra da música criada por fãs”, conta.
Ela destaca que por ser um trabalho independente, cada pessoa que ouve e conhece a música é muito especial. “Eu fico muito contente que a minha música, que fala muito sobre as minhas vivências chegue a outras pessoas e elas gostem. Essa é a primeira de muitas histórias que eu quero mostrar e contar para o público em forma de música”, disse.
O vídeo disponibilizado no youtube, diz ela, é também mais uma maneira de alcançar novos públicos. “Aproveitamos os bastidores do ensaio fotográfico para o lançamento de Muleka para captar alguns momentos que agora o público pode conferir no vídeo ouvindo a música”, frisa.
De acordo com a coreógrafa e bailarina de Duca Vieira, Peixa, essa interação nas redes sociais e nos shows permite que o público se sinta parte da narrativa e compreenda a profundidade do projeto, entrelaçando as vivências de muitas pessoas em uma única música.
Essência – Dançante e com a essência pop, Muleka encanta o público. A letra autoral reflete as vivências de corpos dissidentes na urbanidade amazônica, cruzando força política e batidas da música popular brasileira em uma roupagem urbana e pop. As letras autorais de Duca perpassam lugares de encontro com a identidade, reafirmação de gênero e diálogo com as formas de afeto em que seus corpos são impostos. “São canções que carregam a certeza da necessidade de se ver e se reconhecer em todos os espaços — enquanto travesti que produz arte e fomenta a cultura no estado do Amazonas”, reforça.
Duca é cantora, atriz e produtora cultural, cofundadora da “Esquina Produções Culturais”, que trabalha na cena artística do Norte há mais de três anos. Ela iniciou sua trajetória nas linguagens do teatro musical participando de espetáculos como Escola do Rock (2023) e Ópera do Malandro (2024).
Também atuou no espetáculo “A Doente Hereditária”(2024), primeira peça teatral de Manaus composta por um elenco somente de corpos trans. Este ano apresentou o especial da Liniker, o Coletivo Transcendentais (2025) que tem como enfoque fortalecer a presença de pessoas trans e travestis na cena musical da cidade de Manaus. Participou ainda da Feira Multicultural “Expo Arte&Orgulha”, focada em potencializar produtores e artesãos LGBTQIAPN+. O mais recente trabalho foi o espetáculo “Poço dos desejos” protagonizado por duas travestis sobre a desumanização desses corpos.
Com informações da assessoria































































