Por Alberto Jorge*
A prisão do marginal, miliciano, subversivo criminoso condenado Roberto Jefferson, amigo pessoal e aliado político do presidente Bolsonaro, decretou a falência moral e institucional do Ministério da Justiça e da Polícia Federal como um todo.
Nós brasileiros e o resto do planeta, temos agora a certeza absoluta de que no Brasil, estamos vivendo um estado de exceção: Quem tem dinheiro, quem é político da base aliada do presidente, miliciano e terrorista, pode atirar, colocar a vida de pessoas em risco e matar, que não terá uma bombinha de São João jogada em sua direção. Mas terá o ministro da Justiça em pessoa e um padre de quadrilha sertaneja servindo de fantoches numa negociação de rendição de fachada.
Um motociclista sem capacete foi “brindado” com um procedimento policial federal rodoviário, equivalente aos métodos nazistas praticados pela SS. Tratamento igual e até pior é dado nas favelas, mocambos, palafitas e no campo aqueles que por serem pobres e humildes não fazem parte do círculo político e de amizade do desgoverno Bolsonaro.
Mas, por ordem do andar de cima, o marginal condenado Roberto Jefferson foi tratado como se fosse uma autoridade de estado! Salvo as exceções de servidores honestos, diligentes e dedicados, hoje, estou tomado de nojo e repugnância pela Polícia Federal e pelo ministro da Justiça.
Quanta subserviência, quanta obsequiosidade pessoal e institucional a um bando de terroristas, milicianos, marginais instalados nas instâncias do Poder Executivo da República Federativa do Brasil!
Urge uma mudança!
Urge uma tomada de atitude radical no próximo governo, para garantir que, a partir de 01 de Janeiro de 2023, esse tipo de afronta ao Estado Democrático de Direito não se repita. Para que a Polícia Federal resgate o poder, a força, a dignidade e a moral que teve durante 13 do Governo de Esquerda do PT.
Vale lembrar que naqueles 13 anos a Polícia Federal, a PGR e o MPF agiam com total autonomia, onde bandidos milicianos não davam as cartas!
Temo que nos próximos dias possam se transformar em um grande pesadelo para todas cidades brasileiras. Loucos armados e com arsenais semelhantes ou maiores do que o encontrado na casa do criminoso subversivo Roberto Jefferson, poderão agredir, ferir e matar pessoas em nome do fanatismo bolsonarista.
Esse retrocesso à barbárie tem um preço muito alto, que levará muito tempo para que possamos corrigir.
Oxalá o nosso povo brasileiro tenha a dignidade de expressar sua desaprovação à esse estado beligerante, e não sufrague seus votos para o mentiroso, miliciano, genocida Jair Bolsonaro!
Axɔ́súxwé Acɛ́ Mina Gɛgi Fɔn Vodún Xɛ́byosɔ Toy Gbadɛ́, Manaus, 24 de Outubro de 2022
(*) Alberto Jorge – Xɛ́byosɔnɔ̀n Alberto Jorge Silva Ọba Méjì
Nascido em 26 de Abril de 1960 em Manaus, AM;
Dotɛ́ do Xwɛgbɛ́ Xwɛgbɛ́ Acɛ́ Mina Gɛgi Fɔn Vodún Xɛ́byosɔ Toy Gbadɛ́
Coordenador Geral da Articulação Amazônica dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro de Matriz Africana – ARATRAMA
Fundador e Mantenedor da Associação de Desenvolvimento Sócio Cultural Toy Badé
Formação – Com formação em Filosofia e Teologia pelo Centro de Estudos do Comportamento Humano – CENESCH; Radialista; Psicólogo Clínico Especialista; Doutorando em Psicologia Evolutiva e da Educação.
É Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais do Amazonas; Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Amazonas; Ex Conselheiro Estadual de Saúde do Amazonas; Ex Conselheiro Municipal de Saúde de Manaus;
Membro do Comitê de Saúde LGBT do Amazonas; pesquisador da Étnocultura dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro de Matriz Africana; militante há 35 anos nos Movimentos de Negritude, dos Povos Tradicionais de Terreiro de Matriz Africana, de Defesa, Conservação e Preservação do Meio Ambiente; e de Direitos Humanos.
As informações neste artigo são de responsabilidade do autor.