Com o final do ano e as férias chegando, muitos tutores aproveitam este período para ter a companhia de seus pets em viagens. A médica veterinária, Priscilla Cardin de Oliveira, revela a necessidade de orientação correta para garantir segurança, bem-estar e tranquilidade para toda a família — inclusive os membros de quatro patas.
De acordo com Priscilla, especialista em clínica de pequenos animais, antes de qualquer planejamento, é fundamental definir o meio de transporte: avião, ônibus ou carro, pois cada um tem suas regras específicas.
Viagens de avião: as mais complexas
A médica veterinária explica que o transporte aéreo exige cuidados especiais e atenção a detalhes exigidos pelas empresas.
“As viagens de avião são as mais complexas. Cada país, cada companhia aérea tem sua própria exigência: documento, vacina, tamanho da caixa de transporte, se pode viajar na cabine…”.
Por isso, ela faz uma recomendação importante:
“Procure uma empresa especializada em transporte de animais. Elas vão orientar o passo a passo, evitando erros, e o tutor não corre o risco de ter a sua viagem barrada no aeroporto. É importante observar essas regras, pois cada país e cada companhia aérea possui sua própria regulamentação”.
Viagens de ônibus: regras mais simples, mas com atenção
Segundo a professora do curso de Medicina Veterinária da Estácio, o transporte rodoviário é mais tranquilo, porém também segue normas que precisam ser respeitadas:
- Pets devem estar em caixa de transporte adequada, geralmente para animais de pequeno a médio porte.
- A caixa deve permitir que o animal gire totalmente dentro dela.
- Ela deve ser bem ventilada e permitir que o tutor veja o pet durante o trajeto.
A documentação obrigatória inclui: a carteirinha de vacinação atualizada, com a vacina antirrábica em dia; a vacina múltipla é recomendada; e também o atestado sanitário emitido por um médico veterinário após uma consulta clínica. Sobre esse documento, Priscilla reforça:
“O atestado confirma que o pet está saudável, livre de doenças infectocontagiosas, pulgas e carrapatos, portanto apto a viajar”.
A profissional orienta ainda que o tutor aproveite a consulta veterinária para tirar dúvidas sobre enjoo, agitação e vômitos, caso o animal costume passar mal em viagens. “Outro ponto de atenção é que cada empresa rodoviária define a validade do atestado. Antes de marcar a consulta, confira qual é o prazo exigido”, observa.
Durante as paradas, a professora da Estácio recomenda um pequeno ritual de bem-estar: “Aproveite para dar uma voltinha, fazer um pipi, oferecer um pouquinho de água e até um petisco.”
Viagens de carro: a prioridade é a segurança
Ao falar sobre transporte em veículo próprio, a professora é categórica. “Quando falamos de carro, a maior preocupação é a segurança — tanto a do tutor quanto do pet”.
Ela reforça que o animal deve estar dentro de uma caixa de transporte ou preso ao cinto de segurança específico para pets. “O cinto deve estar preso em uma coleira peitoral, nunca na coleira de pescoço, porque em caso de freada brusca, a coleira de pescoço pode causar um trauma sério,” aconselha.
Outras recomendações incluem levar carteirinha de vacinação atualizada; colocar uma mantinha ou cama com o cheiro de casa para conforto do pet; em caso de animais idosos ou que usam medicamentos, levar exames recentes e histórico clínico; em viagens longas, pesquisar previamente hospitais veterinários 24h ao longo do trajeto. “Segurança nunca é demais”, resume.
Para a médica veterinária, viajar com pets é uma experiência enriquecedora — desde que bem planejada. “Viajar com os nossos pets é maravilhoso. Com organização, documentação em dia e os cuidados necessários, você garante uma viagem tranquila, segura e muito mais feliz para todo mundo”, encerra.
Com informações da assessoria




























































